A escolha da prótese de silicone é uma das decisões mais importantes quando se pensa em cirurgia estética, especialmente no que diz respeito ao aumento das mamas. Dentre as opções disponíveis no mercado, três tipos de próteses de silicone se destacam: a lisa, a texturizada e a de poliuretano. Embora todas essas próteses tenham como objetivo melhorar a aparência dos seios, cada uma delas possui características distintas que podem influenciar na escolha, dependendo das necessidades e expectativas da paciente.
As próteses de silicone lisa são as mais tradicionais e amplamente utilizadas. Elas possuem uma superfície suave e contínua, sem nenhum tipo de textura ou revestimento adicional. Essa característica confere uma sensação mais natural ao toque, além de permitir que a prótese deslize com maior facilidade dentro do tecido mamário. No entanto, a principal desvantagem desse modelo é a maior possibilidade de deslocamento da prótese, já que a superfície lisa não oferece tanta aderência ao tecido mamário. Isso pode ser um fator importante para mulheres que possuem mamas mais finas ou que desejam maior firmeza e segurança no posicionamento da prótese.
Por outro lado, as próteses de silicone texturizada possuem uma superfície rugosa, o que melhora a aderência ao tecido mamário e reduz o risco de deslocamento. Além disso, a textura pode ajudar a diminuir a formação de cápsulas de tecido cicatricial ao redor da prótese, um problema comum conhecido como contratura capsular. Esse tipo de prótese é frequentemente recomendado para pacientes que têm tecidos moles ou flácidos, pois a textura assegura maior estabilidade e menor risco de movimentação da prótese ao longo do tempo. Contudo, as próteses texturizadas podem ter um toque um pouco mais firme e, em alguns casos, podem causar pequenas ondulações na pele que as cobre, o que pode ser perceptível dependendo da espessura do tecido mamário.
Já as próteses de poliuretano são uma opção mais recente, com um revestimento especial que oferece maior aderência ao tecido mamário. Esse revestimento inovador foi desenvolvido para reduzir significativamente o risco de contratura capsular, um dos maiores temores das pacientes que optam por esse tipo de cirurgia. O revestimento de poliuretano cria uma conexão mais forte entre a prótese e o tecido mamário, o que proporciona uma maior estabilidade e menor risco de deslocamento. Além disso, esse tipo de prótese tende a ser mais durável e oferece uma sensação ainda mais natural ao toque. No entanto, o processo de inserção da prótese de poliuretano costuma ser mais complexo e, em geral, o custo desse tipo de prótese é mais alto em relação às opções texturizadas e lisas. A cicatrização também pode ser um pouco mais demorada devido à densidade do revestimento de poliuretano, e é preciso um cuidado maior no pós-operatório.
De acordo com o cirurgião plástico Dr. Carlos Yoshio Shinzato, especializado em procedimentos de aumento mamário, “a escolha do tipo de prótese deve ser personalizada, levando em consideração o perfil da paciente, o tipo de tecido mamário e suas expectativas. As próteses de poliuretano são excelentes para reduzir o risco de contratura capsular, mas cada caso é único, e a consulta detalhada é fundamental para um bom resultado.”
A escolha entre essas três opções deve ser feita com o auxílio de um cirurgião plástico qualificado, que levará em consideração fatores como o tipo físico da paciente, a espessura da pele, a densidade do tecido mamário e, claro, as expectativas da paciente em relação ao resultado estético. Cada tipo de prótese tem suas vantagens e desvantagens, e o mais importante é entender qual delas oferece o melhor equilíbrio entre segurança e estética, garantindo resultados duradouros e satisfatórios.
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