Um asteroide que já vinha sendo monitorado por sua trajetória próxima à Terra agora está chamando a atenção por um novo motivo: ele pode colidir com a Lua. A informação foi divulgada por astrônomos do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS), da NASA, que acompanham o corpo celeste desde 2022.
O asteroide, batizado temporariamente de 2022 QX4, possui cerca de 150 metros de diâmetro – aproximadamente o tamanho de um prédio de 40 andares – e segue uma órbita considerada instável. Apesar de não representar ameaça direta à Terra neste momento, simulações recentes sugerem uma possível colisão com a Lua nos próximos anos.
“A possibilidade ainda é considerada baixa, mas o suficiente para ser levada a sério. O impacto com a Lua não afetaria diretamente a vida na Terra, mas poderia gerar consequências científicas relevantes, como alterações visíveis na superfície lunar e efeitos em missões futuras”, explica o astrofísico Dr. Leandro Moura, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
A colisão, caso ocorra, pode levantar nuvens de poeira lunar visíveis da Terra e impactar equipamentos já posicionados por missões espaciais, como sondas e módulos deixados por programas da NASA e da ESA.
Segundo especialistas, monitorar a movimentação de asteroides como o 2022 QX4 é fundamental não apenas por questões de segurança planetária, mas também para compreender melhor o comportamento desses corpos celestes e seu impacto em corpos menores como a Lua.
A NASA, que vem investindo em sistemas de defesa planetária, como a missão DART (que em 2022 redirecionou com sucesso um asteroide), reforça que não há risco imediato para o planeta, mas a vigilância continua constante.
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