O jejum intermitente ganhou popularidade nos últimos anos como uma estratégia de perda de peso e melhoria metabólica. No entanto, uma nova onda de estudos científicos está trazendo à tona os riscos que o jejum prolongado pode representar quando feito sem orientação adequada. De acordo com pesquisadores, estender por muitas horas — ou até dias — os períodos sem alimentação pode afetar negativamente o equilíbrio do organismo.
Entre os principais efeitos colaterais observados estão alterações hormonais, perda de massa muscular, queda de imunidade e até distúrbios no metabolismo da glicose. Em alguns casos, o jejum prolongado pode levar a um quadro de fadiga extrema, tontura, irritabilidade e prejuízos na concentração e no sono.
“A privação alimentar excessiva ativa mecanismos de defesa do corpo que, em vez de promover saúde, podem gerar descompensações. O corpo entra em estado de alerta e começa a economizar energia de forma agressiva, o que impacta o funcionamento de órgãos vitais e pode, com o tempo, favorecer o efeito rebote no peso”, explica a endocrinologista Dra. Luísa Ribeiro.
Os cientistas alertam especialmente sobre a tendência de práticas radicais divulgadas nas redes sociais, como jejuns de 24, 36 ou até 72 horas. Embora existam estudos com protocolos específicos para jejum terapêutico em ambientes clínicos, qualquer abordagem fora de acompanhamento profissional pode trazer mais riscos do que benefícios.
Além disso, o jejum prolongado pode não ser indicado para pessoas com histórico de transtornos alimentares, diabetes, doenças cardiovasculares ou problemas gastrointestinais.
A recomendação dos especialistas é clara: antes de adotar qualquer protocolo restritivo, é essencial buscar orientação médica ou nutricional. Cada organismo reage de forma diferente, e o que funciona para um pode ser prejudicial para outro. Em vez de soluções extremas, o caminho mais seguro continua sendo uma alimentação equilibrada, associada à prática regular de atividade física e sono de qualidade.
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