Uma suposta clínica internacional está no centro de uma grande polêmica após viralizar nas redes sociais com uma propaganda inusitada: a oferta de um iPhone de última geração em troca de um rim. A publicação, que circulou inicialmente em plataformas como TikTok e X (antigo Twitter), prometia o novo modelo da Apple a jovens interessados em “fazer parte de uma causa médica e ainda sair com um celular novo”.
A campanha, que muitos acreditaram ser fake, acabou gerando indignação e preocupação entre internautas e especialistas. Diversos usuários denunciaram o caso como potencial tráfico de órgãos, enquanto outros apontaram para o absurdo ético da mensagem, que poderia influenciar jovens em situação de vulnerabilidade.
“É extremamente perigoso romantizar esse tipo de narrativa. A doação de órgãos é um processo regulado por leis rígidas e não pode, em hipótese alguma, ser trocado por bens de consumo”, alerta o advogado e especialista em bioética Dr. Ricardo Lemos.
Apesar da repercussão, a origem exata da “clínica” permanece nebulosa. Algumas investigações apontam para uma página de humor, enquanto outras sugerem que pode se tratar de uma tentativa de golpe envolvendo coleta de dados pessoais.
O caso reacende o debate sobre os limites da publicidade online e o papel das plataformas em coibir conteúdos que violam direitos humanos e legislações internacionais. Também traz à tona uma crítica ao consumismo exacerbado e à pressão social em torno de produtos de alto valor, como os smartphones de luxo.
Enquanto a veracidade do anúncio ainda está sendo averiguada por autoridades, especialistas reforçam: a doação de órgãos só deve ser feita com responsabilidade, seguindo critérios médicos e legais. E jamais, em hipótese alguma, como moeda de troca.
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