O consumo elevado de açúcar tem sido associado a uma série de problemas de saúde, como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares. No entanto, um efeito menos conhecido — mas igualmente preocupante — está ganhando destaque entre especialistas: o impacto direto do açúcar sobre a saúde da pele.
Segundo dermatologistas e nutricionistas, o excesso de açúcar na alimentação pode comprometer a produção e a integridade do colágeno, proteína essencial para manter a pele firme, elástica e jovem. Isso acontece por meio de um processo chamado glicação, em que moléculas de açúcar se ligam às fibras de colágeno e elastina, tornando-as rígidas e quebradiças.
“Com o tempo, essa rigidez acelera o aparecimento de rugas, flacidez e linhas de expressão, tornando a pele visivelmente mais envelhecida”, explica a dermatologista Dra. Camila Torres. “Além disso, a glicação também prejudica a regeneração celular, o que dificulta a recuperação da pele frente a agressões externas, como exposição solar e poluição.”
O colágeno começa a diminuir naturalmente a partir dos 25 anos de idade, mas uma dieta rica em açúcares refinados pode antecipar esse processo, agravando os sinais de envelhecimento precoce. Refrigerantes, doces industrializados, bolos e biscoitos estão entre os principais vilões, segundo os especialistas.
Para proteger a pele e manter a saúde do organismo como um todo, os profissionais recomendam reduzir o consumo de açúcares simples e apostar em uma alimentação rica em frutas, vegetais, proteínas magras e alimentos antioxidantes. A hidratação e o uso de protetor solar também são aliados indispensáveis na prevenção do envelhecimento cutâneo.
“O que você come se reflete diretamente na aparência da sua pele”, reforça a nutricionista Juliana Andrade. “Uma alimentação equilibrada pode ser tão eficaz quanto os melhores cosméticos.”
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