Com polpa branca, textura cremosa e um sabor adocicado que lembra uma mistura de banana com pera, a fruta-do-conde também conhecida como pinha ou ata, dependendo da região do Brasil vai muito além do prazer à primeira mordida. Por trás do visual exótico e da doçura natural, ela é um verdadeiro tesouro nutricional.
Rica em fibras, vitaminas e antioxidantes, essa fruta tropical tem ganhado cada vez mais espaço nas conversas sobre alimentação funcional e saúde preventiva. E não é para menos: uma única porção de fruta-do-conde pode fornecer boas doses de vitamina C, B1, B2 e B6, além de potássio, magnésio e compostos que ajudam na regulação do intestino, no fortalecimento da imunidade e até na saúde cardiovascular.
Segundo a nutricionista Thaís Diniz, especialista em nutrição clínica e fitoterapia, a fruta é um excelente alimento para quem busca energia natural sem recorrer ao açúcar refinado. “Ela tem um índice glicêmico moderado, oferece saciedade e ainda contribui com antioxidantes naturais que combatem o envelhecimento precoce”, explica.
Além disso, estudos preliminares indicam que a fruta-do-conde possui propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras, podendo inclusive ter efeito positivo na memória e na concentração. Os compostos bioativos presentes na fruta — como acetogeninas e alcaloides têm despertado o interesse da ciência por seu potencial terapêutico.
Seu alto teor de fibras também faz da fruta-do-conde uma aliada importante da digestão. Consumida com regularidade, ela contribui para o bom funcionamento intestinal e pode ajudar na redução dos níveis de colesterol ruim (LDL). E como se não bastasse, o magnésio presente em sua polpa auxilia na saúde muscular e na prevenção de câimbras.
Apesar de seus muitos benefícios, vale lembrar que a fruta é calórica e deve ser consumida com moderação, especialmente por pessoas com diabetes ou em dietas de controle de peso. “A fruta-do-conde não é vilã, mas como qualquer alimento natural e energético, precisa ser equilibrada dentro do contexto alimentar do dia”, reforça a nutricionista.
Fácil de encontrar em feiras e mercados durante o verão e o início do outono, a fruta pode ser consumida in natura, em vitaminas, sobremesas ou até congelada para sorvetes caseiros. E o melhor: além de deliciosa, ela nutre o corpo de verdade.
A fruta-do-conde é mais um lembrete de que o sabor da natureza pode, sim, ser doce e fazer bem sem culpa e com muitos nutrientes.
Deixe um comentário