quinta-feira , 17 julho 2025
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EUA Anunciam Fim dos Corantes Artificiais em Alimentos Até 2026

Em uma decisão histórica que pode influenciar o mercado global, os Estados Unidos anunciaram que vão eliminar gradualmente o uso de corantes artificiais em alimentos industrializados até 2026. A medida, liderada pela FDA (Food and Drug Administration), visa atender à crescente demanda por produtos mais saudáveis e transparentes por parte dos consumidores.

A iniciativa abrange corantes sintéticos amplamente utilizados na indústria alimentícia, como o vermelho 40, amarelo 5 e azul 1, frequentemente associados a balas, refrigerantes, cereais e produtos ultraprocessados. Embora autorizados por décadas, estudos recentes vêm apontando possíveis impactos à saúde, especialmente em crianças, como hiperatividade e alergias.

“Estamos respondendo a uma mudança clara no comportamento do consumidor, que exige rótulos mais limpos e ingredientes mais naturais”, afirmou em nota o porta-voz da FDA, Dr. Michael Edwards. “Nosso objetivo é garantir que os alimentos sejam não apenas seguros, mas também alinhados com as expectativas de uma alimentação mais consciente.”

A transição será feita de forma escalonada, com prazo até o final de 2026 para que as indústrias reformulem seus produtos com alternativas naturais, como corantes à base de cúrcuma, beterraba, espirulina e urucum.

A medida recebeu apoio de entidades de saúde e nutrição, mas também gerou reação de algumas associações industriais, que pedem mais tempo e suporte técnico para a substituição dos aditivos. Ainda assim, grandes marcas já iniciaram o processo de reformulação, prevendo a tendência de consumo global.

Para a nutricionista Camila Rocha, especialista em alimentação funcional, a decisão é um avanço importante. “É um passo na direção de uma alimentação mais limpa e segura. Muitos corantes artificiais não têm função nutricional e são usados apenas para atrair visualmente o consumidor. Retirá-los é sinal de maturidade da indústria e respeito à saúde pública.”

A expectativa é que a decisão dos EUA pressione outros países — inclusive o Brasil — a repensarem suas regulamentações sobre aditivos sintéticos nos alimentos, fortalecendo um movimento internacional por mais transparência e segurança alimentar.

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