Nascida no interior do Espírito Santo, Dra. Layla Canholato descobriu desde cedo sua afinidade com a beleza, a vaidade e a arte de se comunicar. Sua trajetória, marcada por muita dedicação e autoconhecimento, revela uma mulher que, apesar dos desafios, soube encontrar seu verdadeiro propósito. Inicialmente formada em Administração, ela percebeu que sua vocação estava em outro caminho — um caminho guiado pela sensibilidade e pelo desejo de transformar vidas por meio da estética.
Com inspiração e apoio da mãe esteticista, Layla deu um salto rumo à Biomedicina e se especializou em harmonização facial, área na qual hoje é referência. Em sua prática, vai muito além da técnica, investindo diariamente em formação, ética e um olhar cuidadoso que eleva a autoestima das mulheres que atende.
Nesta entrevista, ela compartilha sua história, seus desafios, suas conquistas e sua visão sobre uma estética com propósito, responsável e verdadeiramente transformadora. Prepare-se para conhecer uma profissional que não apenas molda rostos, mas que transforma vidas.
Sua jornada começou longe da área da saúde, com uma formação em Administração. Em que momento você percebeu que precisava mudar de caminho e buscar algo mais alinhado com sua essência?
Embora eu tenha cursado Administração e, por um tempo, seguido esse caminho, havia dentro de mim uma inquietação que nunca silenciava. Era como se algo essencial estivesse adormecido. Sempre fui extremamente dedicada em tudo o que me proponho a fazer, mas percebia que, apesar de cumprir bem meu papel, eu não me sentia realizada — faltava alma, faltava propósito.
O momento de virada veio quando, observando minha mãe trabalhar com estética, percebi o impacto profundo que o cuidado com a beleza pode ter na vida de uma mulher. Ela sempre enxergou em mim um olhar sensível e um senso estético muito apurado, e foi a primeira a plantar essa semente. Quando entrei para o curso técnico em estética, algo em mim despertou. Eu me senti, pela primeira vez, no meu eixo, fazendo algo que tocava meu coração e fazia sentido para minha essência.
Essa mudança não foi apenas uma transição de carreira, mas uma reconexão com quem eu realmente sou. Foi nesse reencontro comigo mesma que nasceu minha paixão pela harmonização facial, uma área onde encontrei não só minha vocação, mas também a oportunidade de transformar vidas.
Sua mãe, esteticista, teve um papel fundamental no seu reencontro com a estética. Como foi esse momento e de que forma essa influência materna ainda se reflete no seu trabalho hoje?
Minha mãe sempre foi uma mulher à frente do seu tempo, sensível, dedicada e com um dom natural para cuidar do outro. Cresci observando sua delicadeza ao tocar as pessoas, o carinho com que conduzia cada atendimento e, principalmente, a transformação que ela proporcionava não apenas na aparência, mas na autoestima de quem passava por suas mãos.
Foi num desses momentos de conversa com ela, quando eu já estava vivendo o desconforto de uma carreira que não me preenchia, que ela me olhou com uma serenidade que só as mães têm e disse: “Você tem um olhar diferente… você nasceu pra isso”. Aquela frase foi como um chamado. E ela estava certa.
Até hoje, essa influência materna está presente em tudo o que faço. Carrego comigo o mesmo olhar cuidadoso que aprendi com ela, a atenção aos detalhes, a escuta ativa e a sensibilidade de entender que cada mulher que me procura carrega uma história, uma dor ou um desejo silencioso de se sentir mais ela mesma.
Minha mãe me ensinou que a estética é, acima de tudo, uma forma de amor, e essa é a base de todo o meu trabalho.
A decisão de mudar para São Paulo e iniciar a graduação em Biomedicina foi um divisor de águas na sua carreira. Quais foram os maiores desafios dessa transição — e o que te manteve firme no propósito?
Mudar para São Paulo foi, sem dúvida, um dos capítulos mais desafiadores e transformadores da minha trajetória. Deixar minha cidade, minha família, minha zona de conforto e recomeçar em uma metrópole tão intensa exigiu coragem, resiliência e, sobretudo, clareza de propósito.
No início, tudo era novo: o ritmo acelerado da cidade, os custos de vida, a rotina puxada da graduação em Biomedicina. Havia dias em que o cansaço físico e emocional me visitava com força. Mas, curiosamente, nunca houve espaço para a dúvida. Desde o primeiro dia de aula, eu sentia, com uma certeza silenciosa, que estava exatamente onde precisava estar.
O que me manteve firme foi o propósito muito claro de transformar vidas através da estética. Eu não queria apenas fazer harmonização facial, eu queria ser uma referência, elevar o padrão, trazer consciência, ética e beleza real para essa área. Sabia que, para isso, precisaria me preparar com profundidade, técnica e sensibilidade. E estava disposta a pagar o preço.
Além disso, tive o apoio do meu marido, que sempre acreditou em mim e na minha visão, mesmo nos momentos mais difíceis. Essa base emocional sólida foi fundamental para eu seguir em frente, com disciplina, entrega e muita fé no caminho que estava construindo.
Você fala com muito carinho sobre a autoestima feminina e como seu trabalho vai além da técnica. Como é, para você, o momento em que uma paciente se reconhece de volta no espelho?
Esse é, sem dúvida, o momento mais mágico de todo o processo, e também o mais gratificante. Quando uma paciente se olha no espelho após o procedimento e diz, com os olhos brilhando: “Essa sou eu de novo”… é como se o tempo parasse por um instante. Há ali algo que vai muito além da estética, é reencontro, é cura, é libertação.
Muitas mulheres chegam até mim carregando inseguranças silenciosas, marcas que não são apenas da pele, mas da vida. E quando consigo, com técnica e sensibilidade, revelar nelas uma versão mais segura, mais alinhada com quem elas são por dentro, sei que cumpri meu propósito.
Para mim, a verdadeira harmonização facial não é sobre mudar o rosto, é sobre devolver identidade, confiança e brilho no olhar. É estética com alma, com propósito. E cada vez que uma mulher se reconhece de volta no espelho, eu também me reconheço no que escolhi ser.
A harmonização facial vem crescendo muito, mas também enfrenta críticas e banalizações. Como você enxerga esse cenário e o que acredita ser essencial para atuar com responsabilidade na área?
De fato, a harmonização facial ganhou muita visibilidade nos últimos anos, o que, por um lado, é positivo, pois mostra que as pessoas estão mais abertas a cuidar de si. Mas, por outro, também abriu espaço para distorções: procedimentos realizados de forma apressada, sem critério técnico, nem escuta estética individual.
O que mais me preocupa é a banalização do que, na verdade, exige extrema responsabilidade. Estamos lidando com rostos, com autoestima, com identidade. Não é sobre seguir modismos ou aplicar técnicas padronizadas, é sobre compreender cada paciente em sua totalidade, respeitar sua anatomia, sua história e sua beleza única.
Para mim, atuar com responsabilidade é, antes de tudo, ter ética, domínio técnico e sensibilidade. É saber dizer “não” quando necessário, é educar o olhar da paciente, é entregar resultados naturais, seguros e verdadeiramente transformadores. Harmonizar um rosto é, acima de tudo, uma arte, e arte não se faz com pressa ou em série.
Por isso, sigo estudando todos os dias, buscando excelência e me comprometendo com algo que, para mim, é inegociável: a integridade daquilo que entrego.
Sua trajetória mostra uma busca constante por excelência, estudo e ética. Como você escolhe as formações que faz e o que considera essencial para uma profissional se destacar com segurança?
Sempre acreditei que excelência não é um ponto de chegada, mas um compromisso diário. Por isso, sou extremamente criteriosa ao escolher as formações que faço. Levo em consideração três pilares: a seriedade da instituição ou mentor, a profundidade do conteúdo e, principalmente, os valores por trás do que está sendo ensinado.
Não busco apenas aprender técnicas, busco entender o porquê por trás de cada escolha, me aprofundar na anatomia, na segurança e na arte de personalizar. Acredito que só se destaca, com consistência e verdade, quem domina a base com maestria e está disposto a investir tempo, energia e disciplina no próprio desenvolvimento.
Para mim, o que diferencia uma profissional hoje não é o número de procedimentos que ela faz, mas a responsabilidade com que ela atua. Estudar constantemente, respeitar os limites da naturalidade, ter senso estético apurado e, sobretudo, ética inegociável, são esses os fundamentos que tornam uma profissional segura e admirável.
E mais do que isso: é preciso amar o que se faz. Porque quando existe paixão genuína, o cuidado vira detalhe, a técnica vira arte e os resultados falam por si.
Hoje, você também quer inspirar outras profissionais a exercerem uma estética com propósito. Como nasceu esse desejo de ensinar e o que você espera transmitir para quem está começando?
Esse desejo nasceu naturalmente, conforme fui amadurecendo na profissão e percebendo o quanto o mercado precisava de mais consciência, mais sensibilidade e mais verdade. Vi muitas profissionais talentosas se perdendo em promessas de resultados imediatos, em padrões estéticos irreais ou na pressão de “performar” nas redes sociais, esquecendo do mais importante: o propósito por trás do que fazemos.
Eu acredito profundamente que a estética tem o poder de transformar vidas, mas isso só acontece quando ela é exercida com verdade, ética e responsabilidade. Por isso, senti o chamado de compartilhar não apenas o que aprendi tecnicamente, mas também a visão que me move, de uma estética que acolhe, respeita, escuta e potencializa, sem apagar a essência de ninguém.
Quero mostrar para quem está começando que é possível, sim, crescer com solidez, com ética, com elegância. Que não é preciso se moldar ao que está em alta, mas sim construir uma trajetória com identidade própria, propósito claro e dedicação genuína.
Se eu puder ser essa ponte, entre o início e a confiança, entre o medo e a excelência, já valeu a pena. Porque quando uma mulher inspira outra a se reconhecer em sua potência, algo muito bonito acontece: a estética deixa de ser superfície e se torna legado.
Depois de tantos passos dados e conquistas alcançadas, qual é a promessa que a Dra. Layla faz para si mesma e para as mulheres que confiam no seu trabalho daqui para frente?
A promessa que faço para mim mesma é nunca perder a verdade que me trouxe até aqui. Continuar estudando, evoluindo e me desafiando todos os dias, não por vaidade ou reconhecimento, mas por respeito a cada mulher que confia o próprio rosto, a própria história, às minhas mãos.
Para as minhas pacientes e para todas as mulheres que me acompanham, a minha promessa é continuar oferecendo mais do que técnica: entregar cuidado, escuta, excelência e presença real. Ser ponte para autoestima, para reconexão, para força.
Eu não trabalho com rostos, eu trabalho com a forma como essas mulheres se enxergam. E isso exige mais do que conhecimento. Exige propósito.
O que vem pela frente ainda é grande, e estou pronta. Mas com uma certeza inabalável: por mais que os caminhos se ampliem, a essência será sempre a mesma — ética, sensibilidade e um amor profundo pela beleza real de cada mulher.
A história da Dra. Layla Canholato vai muito além da técnica ou da beleza superficial. Ela nos lembra que a verdadeira estética é aquela que respeita a individualidade, que acolhe a essência e que transforma a autoestima de dentro para fora. Seu compromisso com a ética, a sensibilidade e o propósito inspira não apenas quem busca seus cuidados, mas também toda uma geração de profissionais que desejam atuar com responsabilidade e alma.
Em um mundo onde a pressa e os padrões muitas vezes tentam ditar regras, Layla mostra que é possível construir uma carreira pautada na autenticidade e no amor genuíno pelo que se faz. Seu caminho é um convite para que cada mulher reencontre sua força, sua identidade e sua beleza real — aquela que nasce da confiança em si mesma.
E para você que está lendo, fica o convite: permita-se reconhecer sua própria luz, valorizar seu rosto único e celebrar a mulher que habita em você. Porque a verdadeira harmonização acontece quando nos olhamos no espelho e nos vemos inteiras, fortes e belas, exatamente do jeito que somos.
Créditos: @rodrigobacellar__ / @vica_mattos
Que entrevista incrível, que história incrível, que mulher e profissional fantástica. Ela é a melhor, sem dúvida, vai alcançar tudo que almeja, porque ela sabe de onde veio e onde quer chegar. Ela é um exemplo e inspiração. Parabéns Dra Layla 👏🏻👏🏻👏🏻