Em um cenário global onde a busca por procedimentos estéticos cresce a cada ano, o Brasil continua ocupando um lugar de destaque. Dados recentes mostram que o país está entre os que mais realizam cirurgias plásticas no mundo e procedimentos como aumento de mamas, rinoplastia e lipoaspiração seguem entre os mais populares por aqui.
De acordo com levantamento publicado pela revista CEOWORLD, o Brasil ocupa a terceira posição no ranking global de cirurgias plásticas per capita, com cerca de 7,6 procedimentos para cada mil habitantes, ficando atrás apenas da Coreia do Sul e da Argentina. Já em números absolutos, o país ficou em segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo o relatório de 2023 da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). A estimativa é que mais de 2 milhões de cirurgias estéticas tenham sido realizadas no Brasil naquele ano.
A popularidade da cirurgia plástica no país está ligada a uma combinação de fatores: a cultura brasileira que valoriza a estética e o cuidado com o corpo, a ampla oferta de profissionais especializados e o custo relativamente mais acessível em comparação a outros países. O Brasil também se tornou um destino procurado por estrangeiros em busca do chamado “turismo estético”, atraídos por clínicas com reconhecimento internacional e cirurgiões renomados.
Entre os procedimentos mais realizados, o aumento das mamas permanece como um dos mais requisitados pelas brasileiras. A rinoplastia, cirurgia do nariz, é outro procedimento altamente procurado, especialmente entre os mais jovens. Já a lipoaspiração, procedimento que visa a remoção de gordura localizada, lidera entre as cirurgias corporais e tem ganhado cada vez mais adeptos, inclusive entre os homens.
Apesar da alta demanda, especialistas alertam para a importância da escolha consciente do profissional e da clínica onde o procedimento será realizado. O cirurgião plástico e professor universitário Dr. Ricardo Cavalcanti ressalta que a popularização das cirurgias não pode se sobrepor à segurança. “Antes de qualquer coisa, o paciente precisa entender que se trata de um procedimento médico, que exige avaliação cuidadosa, exames, preparo e pós-operatório adequado. A estética nunca deve estar acima da saúde”, afirma.
A influência das redes sociais e da cultura da imagem também tem contribuído para esse crescimento. Celebridades, influenciadores e filtros de aplicativos alimentam o desejo por mudanças visuais imediatas, o que tem gerado tanto oportunidades para a medicina estética quanto debates importantes sobre padrões de beleza, autoestima e saúde mental.
O Brasil continua, assim, reafirmando sua posição como uma das maiores potências mundiais em cirurgia plástica. Um cenário que, ao mesmo tempo em que movimenta a economia da estética, também exige responsabilidade, ética e educação para que os resultados estéticos não se sobreponham ao bem-estar e à segurança dos pacientes.
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