Todo mundo já contou uma mentira alguma vez na vida — seja para evitar um conflito, agradar alguém ou sair de uma situação embaraçosa. No entanto, quando a mentira deixa de ser pontual e passa a fazer parte do cotidiano de forma compulsiva, é preciso acender um sinal de alerta. Esse comportamento pode indicar um distúrbio psicológico conhecido como mitomania.
A mitomania, também chamada de mentira patológica, é caracterizada pela necessidade constante e muitas vezes inconsciente de mentir, mesmo sem um motivo aparente ou uma vantagem clara. Pessoas com esse transtorno criam histórias elaboradas, distorcem fatos e vivem em narrativas que muitas vezes se confundem com a realidade — tanto para os outros quanto para elas mesmas.
Especialistas explicam que a mitomania não é apenas uma questão de caráter ou mau-caráter, como comumente se acredita. Trata-se de uma condição psicológica que pode estar relacionada a traumas, baixa autoestima, transtornos de personalidade ou até mesmo a uma tentativa inconsciente de escapar da própria realidade.
O diagnóstico costuma ser desafiador, já que muitas vezes o mitômano não reconhece o problema e resiste à ideia de buscar ajuda. No entanto, o tratamento é possível, especialmente com acompanhamento psicológico, psicoterapia e, em alguns casos, com o apoio de medicamentos indicados por um profissional de saúde mental.
A chave está na compreensão e no acolhimento. Identificar o padrão, conversar com empatia e incentivar a busca por tratamento são passos importantes para ajudar alguém com mitomania a retomar o controle sobre sua própria história — dessa vez, baseada na verdade.
Deixe um comentário