Inovação desenvolvida por pesquisadores nacionais pode revolucionar o diagnóstico precoce, ampliando o acesso e reduzindo o sofrimento de milhões de mulheres.
Uma nova tecnologia 100% brasileira está prestes a transformar o rastreamento do câncer de mama no país — e possivelmente no mundo. Desenvolvida por pesquisadores de instituições públicas e privadas, a solução promete detectar alterações suspeitas de forma indolor, não invasiva e com custo reduzido, facilitando o acesso ao diagnóstico precoce, especialmente em regiões mais vulneráveis.
Batizado de Mamografia Térmica por Inteligência Artificial, o método utiliza sensores infravermelhos e algoritmos avançados para identificar alterações de temperatura nos tecidos mamários — um sinal precoce da presença de tumores. Ao contrário da mamografia convencional, que pode causar dor e desconforto pela compressão das mamas, essa nova abordagem é rápida, confortável e não utiliza radiação.
“Nosso objetivo foi criar uma alternativa acessível, segura e eficaz para o rastreamento do câncer de mama, especialmente em mulheres que evitam o exame tradicional por medo ou desconforto”, explica a Dra. Juliana Mendes, engenheira biomédica e uma das coordenadoras do projeto. Ela destaca que o equipamento já passou por testes clínicos com altos índices de acurácia, especialmente em lesões precoces.
A tecnologia também se mostra promissora em locais com menor infraestrutura hospitalar. Por ser portátil e de fácil operação, o equipamento pode ser levado a comunidades remotas, ambulatórios móveis e centros de atenção básica, aumentando significativamente a cobertura diagnóstica.
No Brasil, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, excluindo os casos de pele não melanoma. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), mais de 73 mil novos casos são esperados por ano. O diagnóstico precoce ainda é o maior aliado na luta contra a doença, com até 95% de chance de cura quando detectado nas fases iniciais.
A expectativa é que o dispositivo seja aprovado para uso clínico em larga escala até o final de 2025. Se confirmada sua eficácia, a inovação poderá ser incorporada ao SUS e a programas de saúde pública, marcando um avanço histórico no combate ao câncer de mama no Brasil.
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