quinta-feira , 17 julho 2025
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O Rosto Como Espelho da Alma: A Humanização na Estética com Dra. Maria Gabriele

Empática, detalhista e apaixonada pelo poder de transformação que um procedimento pode oferecer, a Dra. Gabi vem se consolidando como uma das grandes referências em rinomodelação no Brasil. Seu trabalho vai muito além da técnica: ele começa no acolhimento e termina na reconstrução da autoestima.

Antes mesmo de escolher a Odontologia, ela já nutria um interesse profundo pelo comportamento humano  o que explica sua abordagem sensível e cuidadosa com cada paciente. Com uma escuta ativa e um olhar que enxerga além do espelho, Gabi acredita que a verdadeira harmonização facial não se limita ao contorno do rosto, mas atinge o íntimo de quem se olha e se reconhece com mais amor.

Nesta entrevista exclusiva, ela compartilha sua trajetória, os desafios enfrentados até se tornar referência em um dos procedimentos mais temidos da harmonização, os bastidores da criação da sua mentoria e as histórias emocionantes que vivem por trás de cada atendimento.

Um bate-papo inspirador sobre beleza real, coragem profissional, propósito e transformação.

O que fez você se apaixonar pela harmonização facial a ponto de torná-la o foco principal da sua carreira?

Desde o início, sempre fui apaixonada por detalhes, por aquilo que muitas vezes passa despercebido, mas que transforma completamente um rosto, uma expressão, uma vida. A harmonização facial entrou na minha vida como uma forma de arte, mas também como um reencontro com o meu propósito. Ver o brilho nos olhos de alguém que se reconhece novamente no espelho… isso não tem preço. É mais do que estética, é devolver identidade, autoestima e, principalmente, a confiança que, muitas vezes, o tempo ou as dificuldades ao longo da vida tiraram.

Você mencionou que pensou em fazer Psicologia antes de Odontologia. De que forma esse desejo inicial ainda influencia sua forma de atender e se conectar com os pacientes?

Essa vontade de fazer Psicologia nunca saiu de mim, ela apenas se transformou. Hoje, eu entendo que cada paciente traz mais do que um rosto para cuidar: traz histórias, inseguranças, medos, desejos. E é ouvindo com o coração, observando gestos e silêncios, que eu consigo me conectar verdadeiramente com cada um. Eu não trabalho só com seringas e preenchedores. Trabalho com acolhimento. E isso é, sem dúvida, a psicologia mais viva e necessária no meu dia a dia.

A cada paciente, uma nova história, uma nova conexão. E sempre digo a elas: vocês entram pacientes e saem como amigas. Isso porque me envolvo com cada vida, cada dor, cada história.

A rinomodelação é um dos procedimentos mais temidos pelos profissionais. Qual foi o maior desafio que você enfrentou até se tornar referência nessa técnica?

Meu maior desafio foi lidar com o medo! O meu e o dos colegas da HOF. A rino, por muitos anos, foi colocada como um território proibido, arriscado demais. Mas eu entendi que o verdadeiro risco estava na desinformação. E foi isso que me moveu. Estudei profundamente, pratiquei MUITO e me cerquei de conhecimento anatômico e técnico.

Como surgiu a ideia de criar uma mentoria totalmente focada em rinomodelação e quais foram os pilares que você considerou indispensáveis nesse curso?

A mentoria surgiu da vontade de oferecer aos profissionais aquilo que eu gostaria de ter recebido no começo: segurança, clareza e uma didática que une teoria e prática de forma real. Os pilares que guiaram a criação do curso foram três: conhecimento técnico, domínio da anatomia e, principalmente, segurança emocional. Porque, mais do que saber a técnica, o profissional precisa se sentir capaz de executá-la com consciência e respeito.

Você falou sobre pacientes que resgataram a autoestima após seus atendimentos. Qual história mais te marcou até hoje nesse processo de transformação?

Foram muitas, mas tem uma que carrego no coração. Uma paciente me procurou e compartilhou toda sua história. Relatou que inúmeras vezes evitou se olhar no espelho e até mesmo sorrir (porque sorrindo sentia que aumentava o volume do nariz). Ela não se reconhecia, nunca se sentiu bem com o aspecto do nariz, tinha vergonha de fotos e até de encontros sociais.

Fizemos a rinomodelação com todo o cuidado, respeitando o que ela desejava e precisava. E no caso dela, associamos o preenchimento no “bigode chinês”, o que levou a um resultado onde ela se olhou no espelho e disse: “Agora eu posso sorrir de verdade”… extremamente emocionada!

Naquele momento, eu tive certeza: não estou só moldando rostos, estou reconstruindo vidas. Esse foi apenas um dos casos que me emocionou profundamente, onde por trás de um procedimento havia uma história de dor, de medo, de tantas questões para a paciente.

Na sua visão, qual é o papel da harmonização facial na vida das pessoas além da estética?

É dar voz àquilo que muitas vezes foi silenciado pela insegurança. É permitir que alguém se olhe com carinho, com orgulho. A harmonização é uma ferramenta de reconexão com a autoestima, com o amor próprio, com a liberdade de se expressar sem medo. E isso vai muito além da beleza externa. É um resgate interno.

O que você diria para profissionais que têm receio de atuar com procedimentos de alto risco como a rino?

Eu diria: medo é natural, mas não pode ser maior que sua vontade de evoluir. O segredo não está em eliminar o medo, mas em substituí-lo por um conhecimento aprofundado. Se você se preparar, estudar profundamente e entender que cada rosto é único, você vai se surpreender com o que é capaz de fazer. Comece com respeito, responsabilidade e humildade. E nunca pare de aprender. O medo é só o começo do seu próximo nível.

Hoje você transforma vidas como profissional e também como mentora. Qual é o sentimento de ver seus alunos superando medos e prosperando na carreira?

É um sentimento de missão cumprida. Cada mensagem que recebo, cada depoimento dizendo “eu consegui” me emociona como se fosse a primeira vez. Ver alguém que antes não se sentia seguro hoje transformar rostos com leveza e confiança… é indescritível. É como ver uma semente florescendo. E saber que eu, de alguma forma, fiz parte dessa jornada, me faz ter ainda mais certeza de que estou no caminho certo.

Sempre digo para as minhas alunas: “VOCÊ É O MAIOR PROJETO DA SUA VIDA, não se distraia”. Esse é o nosso lema!

Encerramos essa entrevista com a certeza de que a harmonização facial, quando guiada por propósito, sensibilidade e conhecimento, se torna uma verdadeira ponte entre o exterior e o interior.

A trajetória da Dra. Maria Gabriele nos mostra que mais do que técnica, é preciso coragem para enfrentar os próprios medos, generosidade para compartilhar aprendizados e empatia para transformar a vida de cada paciente um rosto de cada vez.

Ao unir ciência, escuta e paixão pelo que faz, ela inspira não apenas seus pacientes, mas também uma nova geração de profissionais da estética, provando que é possível exercer a profissão com excelência sem abrir mão da humanidade.

E como ela mesma costuma dizer:

“Você é o maior projeto da sua vida. Não se distraia.”

Que essa conversa possa ecoar como um lembrete de que beleza de verdade começa onde há propósito.

Foto: @victoriaoliveirafotografia

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