A depressão é uma das doenças mais comuns do mundo, afetando milhões de pessoas todos os anos. No entanto, diversos estudos indicam que as mulheres são diagnosticadas com depressão em uma taxa quase duas vezes maior que os homens. Mas quais são as razões por trás dessa diferença?
Segundo especialistas, a explicação envolve uma combinação de fatores biológicos, hormonais, sociais e psicológicos. A psiquiatra Dra. Mariana Rocha explica que as oscilações hormonais ao longo da vida da mulher desempenham um papel importante. “Fases como a adolescência, gravidez, pós-parto e menopausa trazem mudanças hormonais significativas que podem afetar o equilíbrio emocional e aumentar o risco de depressão”, afirma.
Além disso, as mulheres costumam lidar com maior sobrecarga emocional e social. “Muitas acumulam múltiplas jornadas, conciliando trabalho, casa, maternidade e cuidados com familiares. Esse acúmulo de responsabilidades pode levar ao estresse crônico e, consequentemente, à depressão”, explica a psicóloga Renata Souza.
Outro fator relevante é a maior propensão das mulheres a expressarem suas emoções e buscarem ajuda psicológica, o que pode levar a um maior número de diagnósticos. “Os homens também sofrem de depressão, mas tendem a demonstrar os sintomas de forma diferente, muitas vezes através de irritabilidade, abuso de substâncias ou isolamento, o que pode dificultar o diagnóstico”, complementa a especialista.
Apesar dos desafios, o tratamento da depressão tem avançado com abordagens que incluem terapia, mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, o uso de medicação. Os especialistas reforçam a importância de buscar ajuda profissional ao perceber sintomas como tristeza persistente, falta de energia, mudanças no apetite e no sono, ou perda de interesse nas atividades diárias.
A conscientização sobre o impacto da depressão nas mulheres é essencial para que mais pessoas tenham acesso ao suporte necessário e possam recuperar sua qualidade de vida.
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